
A 28ª Bienal de São Paulo propõe um formato diferente das bienais anteriores, com o objetivo de oferecer uma plataforma para observação e reflexão sobre o sistema e sobre a cultura das bienais no circuito artístico internacional. Para tanto, articula estratégias de exposição, debate e difusão a partir da experiência da própria Bienal de São Paulo, como um estudo de caso, considerando as profundas mudanças ocorridas no contexto cultural específico em que ela se inscreve – Brasil e América Latina –, assim como aquelas havidas no mundo, com a globalização das relações econômicas e culturais, e a popularização da arte contemporânea por meio de exposições museológicas, feiras e bienais. Nesse sentido, a 28ª Bienal reduz o número de artistas participantes e diversifica as atividades no espaço expositivo. Trata-se, portanto, de propor um redirecionamento do modelo de mostras sazonais, atendendo às demandas das práticas artísticas, do debate político-cultural, e confrontando a voragem desordenada na produção de representações e interpretações que constituem o território da visualidade hoje. Em lugar de tentar produzir uma visão totalizante e representativa do fenômeno da arte da atualidade, o importante parece ser delinear especificidades, produzir cartografias estruturais, pondo em marcha um processo de trabalho investigativo e crítico, regular e sistemático, que acompanhe e dê conta, de modo produtivo, dos movimentos e das transformações percebidos num circuito artístico determinado.
Publicaremos durante o período da Bienal as caracteristicas dos ambientes distribuídos pelos quatro andares do Pavilhão.
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