segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Fiac Bahia 2008 (24 a 31 de outubro)




Entender e apreciar o teatro como uma grande festa, uma celebração! O Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (FIAC-BA), que acontece de 24 a 31 de outubro de 2008, já nasce com essa idéia e com o compromisso de colocar a Bahia no circuito das artes cênicas internacionais, traçando um panorama da pluralidade de propostas que marca a cena contemporânea
O FIAC-BA é a primeira iniciativa do gênero no Norte/Nordeste. Ele traz para a Bahia uma série de atrações inéditas na região e/ou no estado, programadas para diversos espaços cênicos da cidade – ruas, praças, espaços alternativos e casas de espetáculos. Esse ineditismo só comprova a lacuna que existe para se estabelecer um diálogo com os rumos das artes cênicas, seja no âmbito nacional ou internacional.
As atrações, que vêm de diferentes contextos culturais e com várias estéticas e técnicas diferentes, vão dialogar também com a produção cênica local, presente na programação. Uma troca que não se resume apenas às apresentações, mas oferece ainda atividades que estendem esse intercâmbio através de paletras, bate-papo, oficinas e encontros.
Com essa rede de atuação – que inclui circulação de espetáculo, intercâmbio, formação profissional e de platéia, divulgação da produção baiana, interferência no calendário cultural do estado, celebração e reflexão sobre as artes cênicas –, o FIAC-BA se instala como um instrumento transformador, numa iniciativa com potencial de desdobramentos em diversas áreas. E tudo isso é só o começo!

(Fonte:www.fiacbahia.com.br)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

28ª Bienal de São Paulo - 26 de outubro e 06 de dezembro de 2008.

Tapete de lã feito por Mircea Cantor, da Romênia (à esquerda) e o tobogã criado pelo belga Carsten Höller para a 28ª Bienal de São Paulo. Entre as diversas performances previstas para o evento, o paulista Maurício Ianês vai passar 13 dias no edifício sem roupas e sem dinheiro, vivendo exclusivamente do que há nele. (Foto: Daigo Oliva / G1)

A 28ª Bienal de São Paulo propõe um formato diferente das bienais anteriores, com o objetivo de oferecer uma plataforma para observação e reflexão sobre o sistema e sobre a cultura das bienais no circuito artístico internacional. Para tanto, articula estratégias de exposição, debate e difusão a partir da experiência da própria Bienal de São Paulo, como um estudo de caso, considerando as profundas mudanças ocorridas no contexto cultural específico em que ela se inscreve – Brasil e América Latina –, assim como aquelas havidas no mundo, com a globalização das relações econômicas e culturais, e a popularização da arte contemporânea por meio de exposições museológicas, feiras e bienais. Nesse sentido, a 28ª Bienal reduz o número de artistas participantes e diversifica as atividades no espaço expositivo. Trata-se, portanto, de propor um redirecionamento do modelo de mostras sazonais, atendendo às demandas das práticas artísticas, do debate político-cultural, e confrontando a voragem desordenada na produção de representações e interpretações que constituem o território da visualidade hoje. Em lugar de tentar produzir uma visão totalizante e representativa do fenômeno da arte da atualidade, o importante parece ser delinear especificidades, produzir cartografias estruturais, pondo em marcha um processo de trabalho investigativo e crítico, regular e sistemático, que acompanhe e dê conta, de modo produtivo, dos movimentos e das transformações percebidos num circuito artístico determinado.
Publicaremos durante o período da Bienal as caracteristicas dos ambientes distribuídos pelos quatro andares do Pavilhão.

CAFUNDÓ (Clóvis Bueno e Paulo Betti - 2006)


João de Camargo (Lázaro Ramos) viveu nas senzalas em pleno século XIX. Após deixar de ser escravo ele fica deslumbrado com o mundo em transformação ao seu redor e desesperado para viver nele. O choque é tanto que faz com que João tenha alucinações, acreditando ser capaz de ver Deus. Misturando suas raízes negras com a glória da civilização judaico-cristã, João passa a acreditar que seja capaz de curar e realmente acaba curando. Ele torna-se então uma das lendas brasileiras, se popularizando como o Preto Velho.
Produção nacional que mostra a força do talento brasileiro, em atuação e produção, um filme leve na história, já que é baseado em fatos, toca em temas e assuntos de cunho religioso de forma delicada e com profundidade. A representação das entidades, os diálogos, a atuação de Lazaro Ramos e da Leona Cavalli, pontuam o filme. Vale a pena ver!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

ARIDO MOVIE (Lírio Ferreira - 2006)



Um conhecido repórter do tempo retorna à sua cidade-natal, devido ao enterro de seu pai. Lá ele encontra uma parte da família a qual não conhecia, que lhe cobra que se vingue da morte. Com José Dumont, Giulia Gam, Guilherme Weber, Selton Mello, Luiz Carlos Vasconcelos, Matheus Nachtergaele, Renata Sorrah e Paulo César Pereio.


Jonas (Guilherme Weber) é o repórter do tempo de uma grande rede de TV, que mora em São Paulo mas está rumo à sua cidade-natal, localizada no interior do nordeste. O motivo é a morte de seu pai (Paulo César Pereio), com quem teve pouquíssimo contato e que foi assassinado inesperadamente. Jonas enfrenta problemas para chegar à cidade, até que recebe carona de Soledad (Giulia Gam), uma videomaker que está fazendo um documentário sobre a água no sertão. Ao chegar ele encontra uma parte da família a qual não conhecia até então, que lhe cobra que se vingue da morte do pai.



Bons atores, um roteiro nada muito dificil, umas pitadas de anos 80 com algumas psicodélias, em doses homeopáticas, um humor despretensioso e uma aridez suportável nas personagens do lado escuro da trama. Vale a pena.

PLATA QUEIMADA (Marcelo Piñeyro – 2000)



Baseado em fatos reais ocorridos em 1965 no cone sul, Plata Queimada conta a história onde um bando assalta um carro-forte em Buenos Aires, mata algumas pessoas, e acaba fugindo para Montevideo.


Buenos Aires, 1965. Uma quadrilha de delinqüentes profissionais se prepara para realizar um novo trabalho: roubar de um caminhão municipal milhões de pesos. Desde o começo, a sorte parece estar a seu lado: a indicação, os contatos políticos e policiais. Fontana, um perfeccionista que lidera o bando, elege "Cuervo" para o condutor do trabalho, "os gêmeos" como homens de ação, e "Nando" como contato político. Angel e Nene são "os gêmeos". O primeiro é culto e sedutor, já o outro é supersticioso e ouve vozes que o atormentam, arrastando-o à loucura. Se conheceram fazendo sexo no banheiro de uma estação ferroviária e desde então não se separaram.O ataque preciso e planejado termina em um banho de sangue onde Angel é gravemente ferido. Nene então decide não o abandonar e leva-o até o esconderijo onde deve enfrentar a fúria de Fontana. Porém, consegue convencê-lo de que haviam sido traídos: os policiais os esperavam no local do crime. Se haviam caído em uma armadilha, só há então uma saída: trair seus contatos e fugir do país com todo o dinheiro.A polícia os segue de perto porém quando chegam ao esconderijo, encontram somente Vivi, namorada de Cuervo. Ela sabe o novo destino do bando. No Uruguai, encontram-se com Losardo, o contato local encarregado de oferecer-lhes todo o necessário para chegar ao Brasil. Porém, a polícia já está a procura também em Montevidéo, obrigando-os a viverem encarcerados, sem mover-se ou fazer ruídos, como se estivesem mortos. Os documentos não chegam. A sensação de ter voltado à prisão termina por deixá-los desesperados, chegando a enfrentar as firmes limitações impostas por Fontana. Escapando de suas rédeas, buscam a noite de Montevidéo.Nesta primeira saída, Angel e Nene terminam separando-se por acaso. Desencontram-se. Nene adentra novamente o obscuro mundo homossexual dos bares, cinemas e banheiros. Angel fecha-se em si mesmo, distante do mundo e de Nene. As vozes interiores intensificam-se.Nene conhece Giselle, uma prostituta e descobre nesta uma outra saída para sua vida. Uma noite, de volta ao esconderijo, encontra Angel ferido. Resolve cuidar dele até que melhore. Tudo que Angel almeja é um passeio pela praia. O que parecia a mais inocente das fugas termina em escândalo. Contudo, quando ouvem tiros na praia, imediatamente escapam no automóvel conduzido por Cuervo. Nene volta com Giselle e descobre que ela está disposta a tudo para estar com ele. Comovido, compromete-se a fugir com ela.A polícia fecha ainda mais o cerco. Nando termina sendo descoberto. Losardo oferece a Fontana uma saída individual, e ele aceita. Agora Nene, Angel e Cuervo estão sós e devem abandonar o esconderijo.



Bom filme, vale a pena assistir, qualidade na representação, doação dos atores, um filme com história, diálogos em determinados momentos da trama que chega ser emocionante, pela profundidade do tema e pela condição humana das perssonagens. Aconselho, sem preconceitos!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O FIM DA PICADA


“O FIM DA PICADA” marca a estréia na direção de longas do cineasta Christhian Saghaard, 36 anos, que também escreveu o roteiro e foi o câmera do filme. Saghaard também atua na área audiovisual como fotógrafo, programador e produtor, sendo responsável por curtas-metragens polêmicos, como “Demônios” (2004), o filme O FIM DA PICADA foi produzido pela produtora independente Cinegrama Filmes.

Sinopse: Macário, personagem principal do filme, participa de uma orgia satanista numa praia brasileira no ano de 1850. Na manhã seguinte, inicia sua difícil viagem subindo a serra em direção à cidade de São Paulo, montado em seu burro. No trajeto encontra Exú-Lebara, versão feminina da entidade fantástica de origem afro-brasileira. Decidem seguir juntos a viagem para São Paulo. No entanto, Exú engana Macário durante a viagem, fazendo-o acordar em São Paulo, mas no ano de 2008, na mega-metrópole com quase 20 milhões de habitantes. Macário fica atordoado e torna-se um mendigo, vítima da cruel e desumana realidade em que passa a viver.

Um garoto que vive nas ruas do centro antigo de São Paulo sofre uma fantástica transformação para se tornar um Saci, mito mais importante do folclore brasileiro, um ser maligno e brincalhão. Macário e Saci se encontram no caos da cidade.




Assisti o filme meio que no susto, estava no MAM e tinha a seção, entrei no cinema e apesar de achar algumas cenas e cortes grosseiros, não só na forma e na constância, mas pelo apelo retórico chegando a cansar os olhos, se a intencão era hipinotisar, só funcionou comigo e mais 2 pessoas q ficaram até o final da exibição. A mistura do folclore como a história de São Paulo e do Brasil dão ao filme uma tom verde amarelo que justifica os cortes e as cenas retóricas.

What the Bleep do We know? - QUEM SOMOS NÓS?

Foi batizado no Brasil de "Quem Somos Nós?". O que não deixa de ser bastante pretensioso. Uma pergunta que, aliás, o filme não pretende responder. Muito melhor é o título original que seria "What the Bleep do We know?" (Bleep - ou blipado, é a maneira que a censura americana na televisão elimina os palavrões. Substitui aqui o expletivo Fuck. Portanto, literalmente seria "Que P**** Sabemos?".

O filme aborda a física quântica de forma leve, deixando-a menos didática e chata, além de questionar o tempo todo o que seria o que vemos. O que é real ou irreal. E como damos valor exato, verdadeiro, para as coisas que nos apresentam no universo. Mais exatamente, se podemos ou não ter certeza se certos objetos "são o que são". Na parte final do filme, um cientista é questionado sobre a existência de Deus. Responde que tem dúvidas, mas se sente como um peixe no oceano. Neste exemplo do peixe, é como se quisessem mostrar o que seria essa dimensão quântica. Os peixes, seríamos nós, e o oceano, seria Deus. Depois falam da utilidade de se pensar quanticamente e como esta nova maneira de ser poderia nos ajudar no dia a dia. Dão um exemplo: A água de uma fonte de montanha radiografada molecularmente por um cientista fotógrafo tinha uma certa composição, um desenho, e depois de abençoada por um monge budista, esta mesma água, novamente radiofotografada, apresentava uma outra estrutura mais colorida e com um desenho mais bonito. E o cientista diz, se somos feitos basicamente de água, 65%, então uma reza teria este mesmo efeito no corpo humano. Mas basicamente, o que seria essa percepção que observa? Como é essa realidade que nós humanos construímos? Num exemplo no filme, a realidade não é simplesmente aquilo que vemos.
Comprovadamente podemos estar em dois lugares ao mesmo tempo. E isso é o mais difícil de aceitar. Difícil de entender? Talvez, o filme tenta tornar acessível através de depoimentos e historietas, informações revolucionárias e fundamentais para o homem moderno, dando margem à infindáveis especulações. Mas por isso mesmo fascinante.




Uma exelente forma de fortificar as ligações neurais e entender, através da ciência, o funciomaneto das coisas, incluido nós seres humanos, máquinas complexas e ligada diretamente com o todo. Um passeio por várias teorias religiosas e pelo ateismo, mostrando que o que sabemos é muito pouco.

AS PESSOAS DOS LIVROS




"Quem é essa gente que aparece nos livros, você conhece? Um personagem existe? Vida real existe?"
Depois de "Vergonha dos Pés", "A Sombra das Vossas Asas" e "Carta para Alguém Bem Perto", obras que já conquistaram um público cativo, Fernanda Young apresenta AS PESSOAS DOS LIVROS, um romance desabridamente apaixonado, em que, com originalidade e fino humor – sua marca registrada – ela trata do mundo literário. Escritores e leitores, editores e críticos, gente que se encontra em bares e festas, sempre à espera de um comentário brilhante dos autores, e, acima de tudo, os personagens que habitam os romances – estas são as pessoas dos livros, protagonistas deste novo mergulho de Fernanda Young em seu envolvente universo ficcional.
Amanda Ayd é uma escritora que precisa escrever para sobreviver. Ela pode estar em crise _ no casamento, na literatura, na vida _ mas tenta não perder a pose. Nem a prosa. AS PESSOAS DOS LIVROS pode ser lido como um romance, um longo poema de amor, uma pungente carta de adeus ou, ainda, um manual de instruções. Há de tudo um pouco neste livro que expõe à visitação pública esses seres esquisitos que povoam o território literário.
Além de escrever romances, Fernanda Young assina roteiros de cinema e de televisão. Junto com Alexandre Machado, seu marido, fez o roteiro de "Bossa Nova", filme de Bruno Barreto, e de diversos episódios de "A Comédia da Vida Privada", da Rede Globo.

AVE SANGRIA



Ave Sangria é um conjunto musical brasileiro de rock rural, um dos principais expoentes da cena musical psicodélica pernambucana dos anos 1970, junto com Zé Ramalho, Marconi Notaro e Lailson.
Inicialmente chamado de Tamarineira Village, o conjunto mudou de nome por sugestão da gravadora. Era formado por Marco Polo (vocais), Ivson Wanderley (guitarra solo e violão), Paulo Raphael (guitarra base, sintetizador, violão, vocal), Almir de Oliveira (baixo), Israel Semente (bateria) e Juliano (percussão). Seu trabalho mais conhecido é o álbum Ave Sangria de 1974.




Vale a pena ouvir e ler as músicas desse grupo que tem algo a dizer até hoje. Não são menssageiros de novas verdades ou de previsões apocalípticas feitas na época em que foram compostas, mas porque que se mostram realidades sonoras.
DIVAGEM!

PRIMEIRA IMPRESSÃO

A quem interessar possa.....
Observando fatos, ouvindo música, lendo um livro ou até mesmo conversando com amigos sempre temos opiniões, chegamos a conclusões, reformulamos e concebemos conceitos, e as vezes pré conceitos. Essas impressões quando realmente condiz com a realidade do fato ou da circustância "destrinchada" traz uma satisfação, um efeito ecstasiante. Pensando em poder dividir essa satisfação e buscar pessoas que possam "destrinchar" assusntos e conceber juntos uma idéia nova ou um conceito, convido a quem passar por estas palavras, imagens e tudo mais interagir, dar sua opinião.
Obrigado João Jr